Jardim Botânico Municipal de Curitiba

É quase impossível falar de Curitiba sem pensar no Jardim Botânico. Com sua icônica estufa de ferro e vidro e jardins geométricos impecáveis, ele não só é o ponto turístico mais visitado da cidade, como também um espaço que mistura ciência, contemplação e beleza natural de um jeito que conquista curitibanos e turistas desde 1991.

A estufa que virou símbolo

Logo na entrada, pela Rua Engenheiro Ostoja Roguski, o visitante já se depara com ela: uma estrutura com 458 m², inspirada nos antigos jardins franceses e feita com mais de 3.800 peças de vidro. Lá dentro, a vegetação da Mata Atlântica ocupa o espaço com exuberância — uma homenagem à floresta que cobre boa parte da Serra do Mar e do litoral paranaense.

À noite, a estufa também ganha cor, literalmente. É iluminada em tons diferentes para marcar campanhas de saúde e conscientização, como o Outubro Rosa ou o Maio Amarelo, virando parte ativa da vida pública da cidade.

Muito além de um parque

Embora muitos o chamem de parque, tecnicamente o Jardim Botânico é uma Unidade de Conservação — o que significa que ele não é apenas um espaço bonito, mas também um local de estudo, preservação ambiental e educação. As trilhas, os lagos e até os canteiros têm propósito: convidar à contemplação e à conexão com a natureza.

Jardins que desenham a cidade

Antes mesmo de chegar à estufa, os visitantes já passam por um dos cenários mais fotografados do Paraná: os jardins simétricos em estilo francês, com canteiros que replicam a bandeira de Curitiba seis vezes. A cada estação, as plantas são renovadas, criando um espetáculo de cores em constante transformação.

No centro do terreno, está a escultura “Amor Materno”, uma homenagem da colônia polonesa às mães paranaenses, obra do artista João Zaco Paraná.

Um bosque vivo

Mais de 40% da área do Jardim é ocupada por um bosque de preservação — onde nascem os lagos e passa o rio Cajuru, da bacia do Belém. Por ali, é comum avistar araucárias, juvevês, tarumãs e até bichos como curicacas, preás e quero-queros. Um pedacinho quase selvagem no meio da cidade.

Para ver, tocar, ouvir e sentir

Entre as atrações, o Jardim das Sensações é um convite a explorar os sentidos. São 200 metros de trilha com mais de 70 plantas de diferentes aromas, texturas e formas, tudo acessível e sinalizado também em braile — uma experiência sensorial que agrada adultos e crianças.

Outro espaço especial é a Galeria das Quatro Estações: com mais de 1.600 m² cobertos por placas solares, ela reúne esculturas, jardins temáticos e áreas de descanso, embaladas pela trilha sonora clássica que toca no Café Escola do Senac, ali ao lado.

Ilustração botânica e coleções vivas

Nos fundos da estufa principal, funciona o Centro de Ilustração Botânica do Paraná, onde é possível aprender sobre arte e ciência aplicada à flora nativa. Já o Jardim das Nativas reúne espécies adaptadas ao clima curitibano — algumas não tão exuberantes quanto flores tropicais, mas essenciais para a biodiversidade local.

Um espaço que também educa

Quem visita o Jardim também encontra placas com orientações simples, mas importantes: não colher flores, não instalar redes, não jogar bola e nem pilotar drones por ali. São pequenos gestos que ajudam a manter o equilíbrio do espaço, que abriga não só plantas, mas vida selvagem e coleções científicas de grande valor.

Museu e pesquisa

Anexo ao Jardim está o Museu Botânico Municipal, que abriga o quarto maior herbário do Brasil. Pesquisadores e estudantes podem agendar visitas para acessar documentos, gravuras e espécies preservadas que ajudam a entender e proteger a flora brasileira.

Localização

Rua Engenheiro Ostoja Roguski X Av. Professor Lothario Meissner

Conexões via Ciclovia: Parque Linear Cajuru e Passeio Público.

Obs: como não é permitido pedalar no interior Botânico, seu veículo pode ficar guardado em segurança, no paraciclo instalado no estacionamento à entrada.

Horário de funcionamento:

Do Jardim Botânico:
De segunda-feira a domingo:
Das 6h às 19h30

Do Jardim das Sensações
De terça-feira a domingo:
Das 9h às 17h – O percurso é feito em meia hora, por isso o último acesso é feito às 16h30.
Fechado às segundas-feiras para manutenção. Se segunda-feira cair em um feriado, fica aberto.

Obs: a visitação pode ser interrompida, em caso de chuvas, de condições climáticas adversas ou para manutenção emergencial, para segurança das pessoas e da vegetação.

Contatos (por e-mail):